Raíces de América canta a paisagem natural, o nervo selvagem dos tristes trópicos, dos trates típicos, tópicos coloniais. A paisagem urbana: as grandes cidades de “nuestra América”. Onda de fogo e frio, populações mestiças, a espessura social de um continente pós-civilização.
Música de protesto? Farol da tormenta? Utopia Radial? Entre os Andes e as caatingas. O idílico e o telúrico. O som e a fúria. O amor e o canibal. Raíces de América e a superioridade do homem tropical. Uma revolução caraíba, maior que a Revolução Francesa.
As especialidades das Américas Latinas conferem-lhe outra dramaturgia histórica. O Raíces de América traz uma musicalidade plena. Raízes transitóricas, raízes amazônicas, raízes urbana raízes das vastidões oceânicas e do céu sem fundo do Cruzeiro do Sul.
O povo e o amor resgatadas na beleza visual de um espetáculo sensível e precioso. Metal na pedra: metalurgia sonora. Guitarras de nuvens. Gargantas de aço. Canções de sal. A história e a estória. As raízes e a América
Leonardo Carmo